quarta-feira, 30 de junho de 2010

Estratégias de contra-argumentação

1. Tente descobrir incoerências ou contradições nos argumentos do adversário; se houver, aponte-as e transforme-as em argumentos em seu favor.

2. Normalmente o debatedor tende a apresentar um argumento como verdade irrefutável. Contudo, sempre que possível, procure se servir de dados e informações (estatísticas, pesquisas, publicações, exemplos históricos, comparações com realidades diferentes, citações, etc.) capazes de demonstrar que o argumento do interlocutor é falso ou apenas parcialmente verdadeiro. Ao fazer isso, você fragiliza a força do argumento do interlocutor, o que confere maior credibilidade aos seus próprios argumentos.

3. Se as afirmações do adversário são generalizantes, demonstre, com um ou mais exemplos de casos ou situações particulares, que o argumento do adversário é inconsistente ou apenas parcialmente verdadeiro quando confrontado com a realidade. Cite casos, conte histórias, dê exemplos que mostrem o quanto o ponto de vista do adversário é parcial, insuficiente e discutível.

4. Examine o valor e o sentido das palavras empregadas. Às vezes, uma palavra mal empregada pelo adversário pode ser a porta de entrada para a contra-argumentação e levar até a uma inversão daquilo que o adversário pretendia dizer.

5. Outra estratégia possível é, já no final do debate, fazer uma síntese dos argumentos do adversário e dos contra-argumentos que você apresentou, demonstrando aos ouvintes, de forma global, que o ponto de vista do adversário está fundamentado em argumentos inconsistentes ou em razões falsas ou apenas parcialmente verdadeiras. Em seguida, compare com seus próprios argumentos, mostrando a coerência e a consistência deles. Se utilizou números em seus argumentos, poderá afirmar, por exemplo, “os números não mentem”, se empregou comparações históricas, poderá dizer algo como “a História já provou inúmeras vezes o que estou afirmando”.

6. Faça concessões. É possível que, durante o debate, você concorde em parte com algumas das ideias do adversário. Se isso ocorrer, não sinta vergonha de admitir que o outro tem razão. Aproveite a situação para negociar: diga, por exemplo, que o outro tem razão em parte. Provavelmente o interlocutor fará o mesmo, o que pode ser o caminho para um acordo, isto é, para que as partes cheguem a uma posição intermediária entre as ideias divergentes.




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